quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ORAÇÃO DO PAI NOSSO

Culto Comunidade da Cruz
21 de Setembro de 2011
Pr. Michel Medeiros
ORAÇÃO DO PAI NOSSO
Mateus 6 : 5-14
“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.
E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos
Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;”
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Jesus inicia a lição com a diferença entre recitar as palavras e a verdadeira oração de um coração convertido. Oração é coisa da alma. Quando  Jesus ensinou essa oração ele ensinou os princípios q devem regular a nossa relação com Deus.
V. 5 – Jesus diz que há oração verdadeira e falsa (do hipócrita). Não são as palavras  que o hipócrita fala, mas a disposição do coração. Deus ouve aquele que de verdade quer ser ouvido por ele. Jesus está dizendo que há pessoas que querem soar ‘super espirituais’. Jesus, entretanto, quer de mim e de você autenticidade.
Em Marcos, verificamos que Jesus ensinou essa oração num contexto diferente, no contexto de João Batista. Creio que ensinou essa oração várias vezes, dada a importância de sua mensagem.
V. 6 - Diz que, se você  quiser ser ouvido de verdade, ore em secreto, pois a nossa carne nos engana e desvirtua a oração.  O coração humano é enganoso, o homem deseja aplausos pode se envaidecer e seu coração pode tomar a ocasião da oração. Precisamos aprender a boicotar o nosso pecado, a perceber o nosso pecado e a fazer diferente. Por isso Jesus diz para orarmos em secreto, longe das platéias.
Obs: Em uma outra parábola, Jesus demonstra a oração que não é ouvida por Deus: a do fariseu e do publicano.  O fariseu deu conta de tudo quanto fazia em nome da religião, e aquela oração não era ouvida por Deus. Isto porque o fariseu o fez apenas para se vangloriar de sua extrema disciplina religiosa a qual, no fim, era vazia.
Deus, contudo, está em secreto, isto é, a verdadeira religião é aquela que praticamos quando ninguém está vendo. Não existem frases certas a serem ditas, e sim uma inclinação correta do coração.
Eu acho que seu tivesse uma fé perfeitíssima, eu diria todo dia, ‘Senhor, tu sabes né. Amém.’ Mas como minha fé é falha, eu preciso verbalizar tanto.
Uma das manifestações de oração dos monges (tibetanos) é apenas a presencial. Simplesmente estar na presença diante de Deus seria suficiente, sem sequer falar.
V. 9 - 13 - João Calvino diz que a oração não muda Deus, mas nós mesmos. E esta é a importância da oração do Pai Nosso. Essa oração é para aqueles que querem ter Deus como Pai, não como patrão, juiz, carrasco, Papai Noel. Isso é muito difícil, pois a nossa referência de paternidade é a carnal e, em grande parte das vezes, essa relação não é saudável, e nem sempre os nossos pais representam a figura do Pai de Jesus.
Nossa primeira tarefa então é conhecer a Deus na sua paternidade.
Em segundo lugar: ‘Pai nosso, que estás nos céus’ - a oração nos tira do egoísmo, do egocentrismo. A oração está toda no plural (nós).  Nós não estamos sozinhos, e precisamos dividir a benção da oração, orando por outras pessoas, pelos problemas de outros irmãos.
Terceiro: ‘Santificado seja o teu nome’ – esta é uma oração teocêntrica, isto é, o primeiro desejo de quem ora é santificar a Deus, o centro dos nossos interesses é Deus, a oração visa a enaltecer a Deus.
Quarto: ‘Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu’ - este é o desejo de que o reino celestial se estabeleça, de que haja manifestações de dons do Espírito Santo a serviço da igreja e da sociedade.
Quinto: ‘O pão nosso de cada dia nos dá hoje  – este é o primeiro pedido individual; não é propriamente um pedido, mas um reconhecimento que o Senhor dá provisão aos servos. Cada um tem a sua porção, por vezes, aos nossos olhos, injusta, mas devemos confiar. O pedido é do pão diário. O pão de amanhã será provido pelo Senhor pela mesma oração. O verdadeiro crente sabe que a vida é um milagre diário, isso é fé.
Sexto: ‘E perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores’ – aqui Jesus nos cria uma condição, pois só podemos pedir misericórdia a Deus SE tivermos com os outros.
Sétimo: ‘E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre’ - essa é a conclusão. É tudo Dele e não podemos cair na tentação de usar o nome Dele para o nosso benefício, em benefício de terceiros ou da própria igreja. Somente a Deus devemos dar glória.
Amém.
V. 14 – Adendo: Jesus faz um adendo sobre a questão das ofensas.
E assim Jesus termina de nos ensinar a orar e, ao fim, seu objetivo era dizer ‘convertam-se’.

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